Poder ou assimetria na relação médico-paciente? - Costurando o tema a partir de flutuações teóricas e aplicadas dentro dos estudos da comunicação e da linguagem

Autores

  • Francisco Renato Lima Universidade Federal do Piauí - UFPI

DOI:

https://doi.org/10.22481/lnostra.v6i2.13193

Palavras-chave:

Relação comunicativa, Médico & Paciente, Poder, Assimetria

Resumo

Neste estudo, aborda-se a questão da comunicação em contextos médicos, com a finalidade de situar, como o tema ‘poder ou assimetria na relação médico-pacientes’, vem sendo tratado na literatura, com base em algumas pesquisas no campo teórico e aplicado, como por exemplo, as realizadas por Martine (1989), Magalhães (2000), Albuquerque (2002), Zacariotti (2003), e van Dijk (2010). Consoante aos resultados das pesquisas desses autores, apresenta-se o posicionamento assumido por Lima (2016), no tratamento do tema ao discutir, em seu trabalho, como se dá a compreensão na comunicação entre médicos e pacientes. O autor, na breve exploração que faz desse aspecto dentro da discussão do tema, concorda com os demais autores, corroborando com a ideia de que essa relação não é apenas assimétrica,
como pretende Caprara; Rodrigues (2004), mas há, bem marcada, a presença do uso do poder na linguagem durante a comunicação entre médicos e pacientes.

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Biografia do Autor

Francisco Renato Lima, Universidade Federal do Piauí - UFPI

Francisco Renato Lima, Universidade Federal do Piauí - UFPI

Graduado em Pedagogia (UNIFSA) e Letras – Português/Inglês (IESM). Mestre em Letras – Estudos da Linguagem
(UFPI). Professor Substituto (Auxiliar Nível – I) da Universidade Federal do Piauí, lotado no Departamento de
Métodos e Técnicas de Ensino (DMTE). Coordenador de disciplinas do Centro de Educação Aberta e a Distância
(CEAD/UFPI)

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Publicado

2019-01-07

Como Citar

Lima, F. R. . (2019). Poder ou assimetria na relação médico-paciente? - Costurando o tema a partir de flutuações teóricas e aplicadas dentro dos estudos da comunicação e da linguagem. Língu@ Nostr@, 6(2), 18 - 37. https://doi.org/10.22481/lnostra.v6i2.13193