Quando o estigma se institucionaliza: os desconfortos de um atendimento no serviço de saúde mental para usuários de drogas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/sertanias.v2i1.12097

Palavras-chave:

institucionalização, estigma, serviços de saúde, Pessoas em situação de vulnerabilidade

Resumo

Através do estudo de caso de um paciente atendido por profissionais de saúde de um serviço especializado em saúde mental para usuários de drogas, analisa-se antes e depois da reestruturação desse serviço ao receber recursos do financiamento de políticas públicas do Plano de Enfrentamento ao Crack, Álcool e Outras Drogas. O perfil de paciente esperado destoa do perfil de paciente atendido gerando dificuldades para os profissionais e a própria instituição no atendimento desse paciente e criando entraves no encaminhamento pela rede de atenção disponível. Assim, evidencia as classificações morais que permeiam o cotidiano dos serviços de saúde, bem como suas implicações sobre a vida dos usuários, destaca-se o preconceito e estigma (PARKER; AGGLETON, 2001) sofrido por quem passa por essa rede. Essa situação gera consequências nas práticas de cuidados com a saúde/doença nos fazendo refletir sobre os desafios relacionados ao estigma vivido no âmbito da saúde a fim de rebater diretamente as questões fundamentais sobre garantia dos direitos humanos dos mais vulneráveis (MONTEIRO; VILELLA, 2013). Dessa forma, é possível apontar para os limites do processo de discriminação institucionalizada que devem ser tencionados no atendimento de uma saúde com qualidade – e pública – para a maior parte da população (MONTEIRO; VILELLA; KNAUTH, 2012).

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Biografia do Autor

Priscila Farfan Barroso, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. Docente da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), no Departamento de Filosofia e Ciências Humanas - DFCH.

Daniela Riva Knauth, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1988), com mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1991) e doutorado em Etnologia e Antropologia Social - Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (1996). Atualmente é Professora Titular do Departamento de Medicina Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atuando também como docente e orientadora no Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia. Tem experiência na área de Antropologia do Corpo e da Saúde e Saúde Coletiva, atuando principalmente nos seguintes temas: sexualidade, saúde reprodutiva, aids, gênero e juventude.

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Publicado

2023-02-28

Como Citar

BARROSO, P. F.; KNAUTH, D. R. Quando o estigma se institucionaliza: os desconfortos de um atendimento no serviço de saúde mental para usuários de drogas. Sertanias: Revista de Ciências Humanas e Sociais, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 1-19, 2023. DOI: 10.22481/sertanias.v2i1.12097. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/sertanias/article/view/12097. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos