SALA DE AULA COMO ESPAÇO CONTROVERSO DE POSIÇÕES-SUJEITO: O DIZER, O NÃO DIZER, O SILÊNCIO E AS RELAÇÕES DE PODER EM UMA AULA SOBRE O “DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA”
Resumo
Neste artigo, objetivamos demonstrar que a sala de aula é lugar de vozeamento e atravessamento de discursos, poderes e espaço controverso para se pensar em (re)tomadas de posições de sujeitos. Assim, tomamos como corpus uma aula transcrita de História, do banco de dados do GPLED-CNPQ-UESB, que tematiza o “Dia da Consciência Negra”. A aula é por nós analisada como um acontecimento discursivo, assim como a alternância da palavra, materializada nos turnos de fala, como materialidade discursiva. Para a análise, valemo-nos de teorizações de Ducrot (1977, 1984) sobre ditos e não-ditos, Orlandi (2013) sobre silêncio e reflexões de Foucault (1990, 2003) sobre discurso e poder. As análises apontam para gestos da Professora de silenciamento (Orlandi, 2013) de alguns alunos, o que reverbera em um certo agenciamento da palavra (Coelho, 2011) pela Professora e em tentativas de engajamentos pelos alunos ao que é pela docente tematizado.
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