THE O ROMANCE "A HISTÓRIA DO AMOR DE FERNANDO E ISAURA" EM RELAÇÕES DIALÓGICAS: DO MEDIEVO AO NORDESTE
DOI:
https://doi.org/10.22481/folio.v12i1.6622Palabras clave:
Relações dialógicas, Romance, Ariano Suassuna, Cultura popularResumen
Esta pesquisa tematiza o percurso dialógico que constitui a formação do romance A história do amor de Fernando e Isaura (1994), de Ariano Suassuna, com base em Bakhtin (2014) para quem o romance é uma diversidade social de linguagens organizadas artisticamente, por línguas e vozes individuais. O estudo das relações dialógicas é condição indispensável para compreensão dos sentidos que determinam a discursividade de um gênero, em perspectiva dialógica. Em vista disso, investigam-se as relações que organizam e constituem o romance de Fernando e Isaura, de modo que o objetivo desta pesquisa é compreender como as relações dialógicas contribuem para formação e compreensão dos sentidos em um romance. Em função do objeto de estudo, desenvolve-se uma pesquisa de método descritivo-interpretativista de abordagem qualitativa, contudo, as análises tomam por base teórico-metodológica, a Teoria Dialógica da Linguagem. Os pressupostos teóricos constituem-se da revisão literária das obras de Bakhtin (2011, 2014 e 2015) E Bakhtin/Volochínov (1981). Compreende-se que o romance pode mesclar, misturar e pluralizar vozes e, que o caráter dialógico que o constitui, coloca suas linguagens frente a frente ao contexto social e real da linguagem, através da interação dos espaços e discursos. O romance prosaico de Fernando Isaura é sinônimo de renovação de sentidos, uma vez que representa a atividade de escrita suassuniana e procura resgatar elementos da cultura erudita nos romances Tristan et Iseut (1903), de Béroul e Tristão e Iseu (1976), de Joseph Bédier (versão traduzida de Afrânio Peixoto), exaltando o imaginário nordestino popular.
Descargas
Citas
2. ______. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 2013.
3. ______. Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. 6. ed. São Paulo: HUCITEC, 2014.
4. ______. Problemas da poética de Dostoiévski. Tradução de Paulo Bezerra. 5. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2015.
5. BÉDIER, Joseph. Tristão e Iseu. Versão Afrânio Peixoto. 5. ed. São Paulo: GRD, 1976.
6. BÉROUL. Tristan et Yseut. Paris: Librarie de Firmin Didot et Cia, 1903.
7. CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário etimológico Nova Fronteira da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.
8. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da língua portuguesa. 5. ed. Curitiba: Positivo, 2010. 2222 p. ISBN 978-85-385-4198-1. Disponível em: <https://contas.tcu.gov.br/dicionario/home.aspv> Acesso em: 25 abr. 2020
9. MOREIRA, Aline Leitão. Tristão e Isolda: em torno do que remanesce. 2010. Dissertação de Mestrado em Letras. Universidade Federal do Ceará – UFC, Fortaleza, CE, 2010. Disponível em: <http://www.repositorio.ufc.br/ri/bitstr eam/riufc/2806/1/2010_DIS_ALMOREIRA.pdf>. Acesso em: 25 abr. 2020.
10. SUASSUNA, Ariano. A arte popular no Brasil. Rio de Janeiro: Revista Brasileira de Cultura, 1969 nº 2, p. 37-43.
11. ______. O rico avarento. In: ______. Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: José Olympio Ed., 1954. p. 5- 16.
12. ______. A onça castanha e a ilha Brasil: uma reflexão sobre a cultura brasileira. 1976. 200 f. Tese (Livre docência) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 1976.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia