No Chão de Huambo. Fatores que influenciam o insucesso na disciplina de Matemática, no Liceu Comandante Kapango

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/intermaths.v3i2.11185

Palavras-chave:

Alunos, Angola, Insucesso, Professores

Resumo

Este artigo resulta da Dissertação de Mestrado apresentada pela primeira autora e orientada pela segunda. Pretende-se efetuar uma reflexão em torno de alguns dos fatores que influenciam o insucesso na disciplina de Matemática, na dimensão do docente, do discente e dos pais. A investigação deriva de uma metodologia mista: qualitativa e quantitativa, em que se propõe analisar dinâmicas do estabelecimento de ensino, Liceu Comandante Kapango, da Província do Huambo, em Angola, com a finalidade de analisar o aproveitamento dos alunos em Matemática. Além dos alunos, foram também ouvidos professores, da 11º classe do Sistema de Ensino Angolano e as famílias dos alunos. Assim, colocamos a questão: Que fatores podem condicionar o sucesso da disciplina de Matemática, em Angola? Percebe-se que o insucesso dos alunos, em Matemática, pode ser influenciado por fatores intrínsecos ao próprio aluno, mas também por fatores extrínsecos. Foi possível estabelecer que os fatores intrínsecos ao aluno são agravados pelo fraco acompanhamento das famílias, na realização de tarefas escolares, e também dos professores. Neste sentido, todos os participantes desta investigação, até mesmo os próprios professores, são unânimes em afirmar que os docentes têm dificuldade em orientar melhor os alunos, pela duração das aulas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Arminda Marisa Chilembo, aCentro de Estudos Interdisciplinares em Educação e Desenvolvimento, Lisboa, Portugal

Licenciada em Matemática Pelo Instituto Superior de Ciências da Educação-
ISCED Huambo em 2012. Mestre em Ciências da Educação na Especialidade de Politicas Publicas e
contextos Educativos em 2020 pela Universidade Lusófona de Lisboa. Doutoranda em Ciências da Educação na Universidade Lusófona de Lisboa 2021/2022. Inspetora Geral da Administração Geral do Estado ( IGAE) , na Administração Municipal do Huambo. Professora Colaboradora, No Instituto Superior Politécnico Ekuikui II do Huambo. Desempenhou as funções de Consultora da Administração Municipal do Huambo pelo Sector das Cacilhas. E-mail: secretariado.ceied@ulusofona.pt

Ana Sofia António, Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e Desenvolvimento, Lisboa, Portugal & IPLUSO Ensino Politécnico da Lusofonia, Lisboa, Portugal

Doutorada em Educação pela Universidade Lusófona, em 2013. É Mestre pela mesma Universidade, em Ciências da Educação com especialização em educação, desenvolvimento e políticas educativas. Licenciou-se em Educação na área de Matemática e Ciências, pela Escola Superior de Educação de Lisboa, em 1997. Foi professora do 1º ciclo do Ensino Básico e subdiretora, em Lisboa. É atualmente professora do 2.º ciclo do ensino básico de Matemática e Ciências Naturais, no concelho de Cascais, e
Professora Convidada da Escola Superior de Educação da Lusofonia, IPLUSO. Participou no projeto The Construction of Teacher Profession in Secondary School (1947 ¿ 1974). Training, Paths, Identities, realizado no âmbito da Unidade de Investigação e Desenvolvimento: Observatório de Políticas de
Educação e de Contextos Educativos. Integrou o projecto de investigação Educating the Global Citizen: Globalization, Educational Reform and the Politics of Equity and Inclusion in 12 Countries, com a coordenação científica do Professor Doutor António Teodoro. É investigadora do projeto; Uma
história de sucesso Portugal e o PISA (2000-2015)” e do projeto “RePeMe: E depois da pandemia? Recuperação, permanências e mudanças no ensino básico em Portugal”. Tem sido Membro da Comissão científica Congresso Ibero-Americano em Investigação Qualitativa e do World Conference on Qualitative Research. E-mail: sof_antonio@hotmail.com

Referências

M. Pacheco, G. Andreis, “Causas das Dificuldades de Aprendizagem em Matemática: percepção de professores e estudantes do 3º ano do Ensino Médio”, Revista Principia - Divulgação Científica e Tecnológica do IFPB, vol. 1, no. 38, pp. 105-119, 2018. https://doi.org/10.18265/1517-03062015v1n38p105-119

J. P. da Ponte, “O estudo de caso na investigação em Educação Matemática”, Quadrante, vol. 3, no. 1, pp. 3–18, Jun. 1994. https://doi.org/10.48489/quadrante.22652

A. Benavente, L. Salgado, “Práticas Culturais, Modos de Vida e Escolarização”, Revista Crítica de Ciências Sociais, no. 33, 1991.

Ministério da Educação de Angola. (2016, outubro, 7). Lei de Base no 17/16.

L. Paz, “A Matemática no Currículo de Angola: o caso dos exames de acesso ao Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências, ISPTEC”, Dissertation, Faculdade de Ciências e Tecnologias, Universidade Nova de Lisboa, 2015.

S. de Souza, S. F. R. Yaegashi, C. A. B. Rojas and J. L. Gasparin, “Representações sociais sobre ensino e aprendizagem de Matemática identificadas nas produções científicas brasileiras desenvolvidas no período de 2014-2018”, Imagens Educ., vol. 11, no. 1, pp. 198-219, fev. 2021. https://doi.org/10.4025/imagenseduc.v11i1.51688

P. Eugénia, “Insucesso Escolar a Matemática: Realidade ou mito?”, Dissertation, Universidade da Beira Interior, Ciências Sociais e Humanas, Covilhã, 2010.

R. S. Mol, Introdução à História da Matemática. Belo Horizonte: CAED-UFMG, 2013.

G. Manuel, M. Martines, “Uma proposta didáctica para ensinar adição e subtração usando a etnoMatemática (Angola)”, Revista Ensino de Ciências e Humanidades – Cidadania, Diversidade e Bem Estar, vol. V, no. 2, pp. 9-31, 2021.

I. Coxe, “EtnoMatemática: a Matemática de Angola e suas influências.”, in: VII CIBEM, Montevideo, Uruguay, 2013.

http://funes.uniandes.edu.co/19930/1/Carvalho2013Etnomatem%C3%A1tica.pdf.

A. Chilembo, “Baixo rendimento escolar em Matemática: a opinião dos professores e dos alunos da 11ª classe”, Dissertation, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, 2020.

V. Chambumba, “Terminologia da lexicologia e áreas afins no contexto de ensino angolano: proposta de dicionário terminológico”, Dissertation, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2015.

NCSM, “A Matemática essencial para o século XXI”, Educação e Matemática, ed. 14, pp. 23-25. 1990.

P. Abrantes, L. Serrazina and I. Oliveira, “A Matemática na Educação Básica", Lisboa: Ministério da Educação, Departamento de Educação Básica, 1999.

R. M. Velosa, “Aprendizagem da Geometria com recurso aos Materiais Manipuláveis”, Dissertation, Universidade da Madeira, 2008.

J. Coelho, Joaquim. “Sucesso ou Insucesso na Matemática no Final da Escolaridade Obrigatória, Eis a questão!”, Análise Psicológica, 26, pp. 663-678, 2008. https://doi.org/10.14417/ap.525

P. Perrenoud, Avaliação: da excelência à regularizção das aprendizagens: entre duas lógicas, Porto Alegre: Artmed.

“Taxa de crianças fora do sistema de ensino ronda os 12,5 por cento”, Jornal de Angola, Jan. 07, 2018. [Online]. Available: https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/detalhes.php?id=396399.

United Nations Children’s Fund, “Progress Evaluation of UNICEF’s Education in Emergencies and Post-Crisis Transition Programme: Angola Case Study”, 2017. [Online]. Available: https://inee.org/sites/default/files/resources/EEPCT-Angola_Case_Study_042011.pdf

M. Manaças, F. Augusto and A. Chisselele, “Estudantes angolanos com baixo aproveitamento em Matemática e Português”, Projecto Aprendizagem Para Todos. [Online]. Available: https://www.pat-med.org/estudantes-angolanos-com-baixo-aproveitamento-emmatematica-e-portugues.

E. Gungula and A. W. Fautino, “Dilema da formação Matemática em Angola: falta de iniciativas próprias ou de compromisso com a qualidade de ensino?”, Rev. Actual. Investig. Educ, vol.18, no.3 pp. 190-212, 2018. http://dx.doi.org/10.15517/aie.v18i3.33459

A. Benavente, “Insucesso Escolar no Contexto Português - Abordagens, Concepções e Politicas”, Análise Social, vol. XXV, pp. 715 - 733), 1990.

A. S. António and A. Teodoro, “A Nova Classe Média e o Mandato Atribuído à Escola. Um olhar sobre artigos de opinião publicados na imprensa portuguesa”, Educação Sociedade e Cultura, no. 33, p. 159-177, 2011.

A. António, A. Matemática. Arte. Emoção. Lisboa: Amazon, 2020.

“PANETI”, Portal do Governo da República de Angola. https://governo.gov.ao/ao/noticias/paneti/

L. Bardin, Análise de Conteúdo, 4th ed. Lisboa: Edições 70.

A. Chisingui and N. Costa, “Formação Inicial de Professores de Biologia numa Instituição Angolana: conceções dos formadores sobre a integração de Agendas Internacionais”, Revista Lusófona de Educação, 54, pp. 157-179. http://doi: 10.24140/issn.1645-7250.rle54.10

Downloads

Publicado

2022-12-31

Como Citar

Chilembo, A. M. ., & António, A. S. (2022). No Chão de Huambo. Fatores que influenciam o insucesso na disciplina de Matemática, no Liceu Comandante Kapango. Intermaths, 3(2), 108-119. https://doi.org/10.22481/intermaths.v3i2.11185

Edição

v. 3 n. 2 (2022)

Seção

Artigos

Licença

Copyright (c) 2022 INTERMATHS

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Licença Creative Commons All content of Revista INTERMATHS/Journal INTERMATHS is licensed under a Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional (CC-BY 4.0).