SENTIR-MUNDO: VIVÊNCIAS DE CRIANÇAS NO LIMIAR DO YOUTUBE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/rbba.v12i01.12674

Palavras-chave:

Produção de sentidos, Infância, Youtube, Vivência

Resumo

Este artigo tem como objeto de estudo a relação das crianças com a mídia digital YouTube. Assim, indica relatos ligados à temática, proferidos por crianças de 7 a 10 anos, coletados em um momento pré-pandemia Covid-19. Inicialmente são tecidas considerações sobre infância, autocomunicação de massa e YouTube, posteriormente são apresentados aspectos centrais das entrevistas, bem como abordado o conceito Perezhivanie (vivência), de Vigotski, para chegar à problematização: pensar a educação neste tempo em que a conexão com a mídia YouTube está intensa na infância. Os relatos são dados derivados de pesquisa de doutorado em Educação. É utilizada a netnografia expandida, considerando as informações disponíveis no espaço organizado da escola e desterritorializado da internet. Os resultados indicam que as crianças reconhecem o aprendizado com o YouTube, mas também evidenciam a importância da mediação docente na aprendizagem na escola, instituição perpassada pela cultura digital.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Aliana França Camargo Costa, Universidade Federal de Mato Grosso, Mato Grosso, Brasil

Doutora em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Gestora na escola Florescer - Brasil; Programa de Pós-Graduação em Educação da UFMT; Grupo de Pesquisa – Laboratório de Estudos Sobre Tecnologia da Informação e Comunicação na Educação - LêTece.

Ana Lara Casagrande, Universidade Federal de Mato Grosso, Mato Grosso, Brasil

Doutora em Educação pela Universidade Federal Paulista (UNESP/Rio Claro-Brasil). Professora Adjunta na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT-Brasil). Programa de Pós-Graduação em Educação da UFMT; Grupo de Pesquisa – Laboratório de Estudos Sobre Tecnologia da Informação e Comunicação na Educação - LêTece.

Referências

ADORNO, T. W. Educação e Emancipação. 3ª edição. Trad. Wolfgang Leo Maar, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995. 190p.

ANDRADE, M. de; CASTRO, G. G. S. A criança conectada: os youtubers mirins e a promoção de modos de ser criança nas lógicas do consumo. Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 52, e- 94351, 2021. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/intexto/article/view/94351. Acesso em: 29 mai. 2023.

APPADURAI, A. Dimensões culturais da Globalização: a modernidade sem peias. Trad. Telam Costa. Rev. Científica Conceição Moreira. Lisboa: Editorial Teorema. 2004.

ARENDT, H. Entre o passado e o futuro. Lisboa: Relógio d’Água, 2006.

ARENDT, H. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.

ARIÈS, P. História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro: Guanabara, 1981.

BRASIL/INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Censo da Educação Básica 2020: resumo técnico [recurso eletrônico] – Brasília: Inep, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-escolar/resultados. Acesso em: 29 mai. 2023.

BUCKINGAM, D. A evolução da educação midiática no Reino Unido: algumas lições da história. Comunicação e Educação. Revista do Dep. de Comunicação e Artes da ECA-USP, ano 21., n. 1, jan./jun. 2016.

BLUNDEN, A. Translating Perezhivanie into English. Mind, Culture, and Activity. Symposium on Perezhivanie. University of California, San Diego, United States. 2017. p. 67-70. Disponível em: http://lchc.ucsd.edu/MCA/Mail/xmcamail.2017-01.dir/pdflss0O5wuME.pdf. Acesso em: 14 abr. 2021.

CAMARGO, A. F. de. Documentário e Cibercultura: conjunção contemporânea. Orientadora: Lúcia Helena Vendrúsculo Possari. Dissertação (mestrado) Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Linguagens, Programa de Pós-graduação em Estudos de Cultura Contemporânea. Cuiabá, 2012.

CASTELLS, M. O poder da comunicação. Trad. Vera Lúcia Mello Joscelyne. 1 ed. São Paulo/Rio de Janeiro: Paz e Terra. 2015.

COSTA, E. M. da. O método na obra Vigotski e a abordagem ontológica do desenvolvimento humano: uma análise histórica. Tese (Doutorado em Psicologia) – Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências e Letras, Assis, 2020. p. 379.

DEBORD, G. A Sociedade do Espetáculo. Editorações, tradução do prefácio e versão eBooksBrasil.com. 2003. 140p. Disponível em: https://www.marxists.org/portugues/debord/1967/11/sociedade.pdf. Acesso em: 28 mai. 2023.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Pnad Contínua, edição 2018, trimestre 4 (questionário suplementar de TIC). Rio de Janeiro: IBGE, 2019. Disponível em: https://bit.ly/2YH7Frf. Acesso em: 29 mai. 2023.

IPEA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Nota Técnica – Acesso domiciliar à internet e ensino remoto durante a pandemia. Paulo Meyer Nascimento Daniela Lima Ramos Adriana Almeida Sales de Melo Remi Castioni (Equipe técnica). Disoc Diretoria de Estudos e Políticas Sociais, agosto de 2020, n. 88. Disponível em: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/10228/1/NT_88_Disoc_AcesDomInternEnsinoRemoPandemia.pdf. Acesso em 29 mai. 2023.

LEMOS, A. Cibercultura. São Paulo: Editora Sulina, 2008.

MAFFESOLI, M. A contemplação do mundo. Porto alegre: Artes e Ofícios ed. 1995.

POSTMAN, N. O desaparecimento da infância. Graphia Editora, 1999.

RIO DE JANEIRO (Estado). Lei n° 5453, de 26 de maio de 2009. Modifica a lei nº 5222, de 11 de abril de 2008, que dispõe sobre a proibição do uso de telefone celular nas escolas estaduais do estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 26 de maio de 2009.

SANTAELLA, L. A estética das linguagens líquidas. In: SANTAELLA, Lucia; ARANTES, Priscila (Orgs.) Estéticas tecnológicas: novos modos de sentir. São Paulo: Educ, 2008. p.35-54.

SANTAELLA, L. Cultura midiática. In: Mídia, cultura, comunicação. Anna Maria Balogh, Antonio Adami, Juan Droguett, Haydée Dourado de Faria Cardoso (Orgs.). São Paulo: Arte & Ciência, 2002. p. 47-57.

JOBIM e SOUZA, S. Infância e linguagem: Bakhtin, Vygotsky e Benjamin. Campinas, SP: Papirus, 1994. p. 173.

TUBE LAB. Estudo analisa crescimento dos principais youtubers por categoria. 27 de nov. de 2018. Disponível em: https://propmark.com.br/digital/estudo-analisa-crescimento-dos-principais-youtubers-por-categoria/. Acesso em: 29 mai. 2023.

VERAS, S. B. Interfaces e convergência digital. In: SANTAELLA, Lucia; ARANTES, Priscila (Orgs.) Estéticas tecnológicas: novos modos de sentir. São Paulo: Educ, 2008. p.231-248.

VIGOTSKI, L. S. A brincadeira e o seu papel no desenvolvimento psíquico da criança. (Org.) Zoia Prestes. Revista Virtual de Gestão de Iniciativas Sociais, n. 8., jun., Rio de Janeiro: COPPE/UFRJ, 2008. Disponível em: https://atividart.files.wordpress.com/2016/05/a-brincadeira-e-seu-papel-no-desenvolvimento-psiquico-da-crianc3a7a.pdf. Acesso em: 29 mai. 2023.

VIGOTSKI, L. S. A crise dos sete anos. Traduzido de: VIGOTSKI, L. S. La crisis de los siete años. Obras escogidas. Tomo IV. Madrid: Visor y A. Machado Libros, 2006. p. 377‐386.

VIGOTSKI, L. S. O problema do ambiente na Pedologia. In: Ensino desenvolvimental: antologia. Livro I. Longarezi, Andréa Maturano; Puentes, Roberto Valdés (Orgs). Trad. Ademir Damazio... [et al]. Uberlância, MG: EDUFU, 2017. p. 15-38.

Downloads

Publicado

2023-06-08

Como Citar

Camargo Costa, A. F., & Casagrande, A. L. (2023). SENTIR-MUNDO: VIVÊNCIAS DE CRIANÇAS NO LIMIAR DO YOUTUBE. Revista Binacional Brasil-Argentina: Diálogo Entre As Ciências, 12(01), 119-138. https://doi.org/10.22481/rbba.v12i01.12674