As ditaduras que nos assombram: o audiovisual como tecnologia de memória
DOI:
https://doi.org/10.22481/rbba.v13i01.14841Palavras-chave:
Ditaduras Latino-americanas., Audiovisual, Memória, História de um clã, Os dias eram assimResumo
Este texto propõe uma reflexão sobre a potência das narrativas audiovisuais - cinematográficas e televisivas - como tecnologias que atuam na configuração de memórias acerca dos últimos regimes ditatoriais que assolaram Argentina (1976-1983) e Brasil (1964-1985). Para isso, revisamos as relações entre memória e história, e pensamos o papel das produções audiovisuais ficcionais e documentais nessa equação, atentando à importância das políticas de fomento ao setor. Nessa revisão, recordamos algumas produções cinematográficas notórias de ambos os países, que abordam e dão a ver os horrores perpetrados pelos regimes ditatoriais. Em seguida, propomos uma breve análise sobre como a temática da ditadura chega à televisão, tomando como exemplo a série argentina História de um clã (2015) e a supersérie brasileira Os dias eram assim (2017). E encerramos discutindo a importância de produções audiovisuais que desvelem e mantenham presentes memórias sobre as ditaduras, sobretudo, no crescente contexto contemporâneo de revisionismo histórico promovido pela extrema-direita na Argentina e no Brasil.
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