"Poesia com gosto de sangue e mel": História, Memória e Metalinguagem em rastros de resistência
DOI:
https://doi.org/10.22481/rbba.v10i01.8744Palavras-chave:
Memória e História, Literatura, Camillo de Jesus Lima, MetalinguagemResumo
Este texto tem como objetivo investigar a (meta)linguagem poética e a relação apresentada entre memória, história e literatura em textos literários do escritor baiano Camillo de Jesus Lima. O corpus para este recorte é formado por dois poemas do autor: “Que o coração diga tudo” e “A um Parnasiano”, integrantes do livro Cantigas da Tarde Nevoenta (1955). Para tanto, são utilizadas fontes bibliográficas, sob o enfoque teórico-metodológico do materialismo histórico-dialético. Alguns autores subsidiam tanto os estudos teóricos como metodológicos: Bosi (2000; 2015;2017), Candido (2006), Chalhub (2005), Halbwachs (1968), Hobsbawm (2013) Le Goff (1990) e Marx; Engels (2010). Destarte, os poemas conduzem em suas linhas e entrelinhas duras críticas ao alheamento, à insensibilidade e ao distanciamento da realidade. Sejam nos versos líricos e suaves de “Que o coração diga tudo”, seja na rispidez e rebeldia de “A um Parnasiano”, são expressos os ideais de luta contra à desumanidade, contra as ideologias dos grupos sociais hegemônicos. A lírica moderna, ao voltar sobre si, procura manter claros os seus objetivos, a sua missão, seu descontentamento com os rumos da história.
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