Demarcar, fiscalizar e educar: a biopolítica em Foucault e o plano de propaganda contra o analfabetismo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/redupa.v3.15557

Palavras-chave:

alfabetização, biopolítica, educação, Primeira república

Resumo

Este artigo tem como objetivo principal discutir como o Plano de Propaganda Contra o Analfabetismo em Parelhas conseguiu estabelecer a existência de uma Biopolítica, ou seja, como o aparelhamento do Estado a partir de suas fiscalizações, normas e regras, acabou se fazendo presente em Parelhas por meio de um plano educacional que tinha como seu objetivo principal não só tirar a população do analfabetismo, como também transformar os alunos que iriam ser alfabetizados em cidadãos republicanos. Neste sentido, resolvemos fazer um recorte de três documentações que discutem como ocorreram algumas atividades referentes ao 7 de setembro e ao 15 de novembro, bem como das respectivas fotografias que mostram como o evento aconteceu. Partindo da análise realizada, ficou clara a intenção da República que além de propor modelos de alfabetização, também implantou meios de controles nos estudantes a fim de formá-los enquanto cidadãos e mantenedores da lei.

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Biografia do Autor

Laísa Fernanda Santos de Farias, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Brasil

Graduação em História (Licenciatura) e Mestre em História pelo Programa de Pós Graduação em História dos Sertões-CERES, Caicó-UFRN. É licenciada em Pedagogia pela UNOPAR-Universidade Norte do Paraná. doutoranda do Programa de Pós graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Contribuição de autoria: autor.

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Publicado

2024-11-23

Como Citar

FARIAS, L. F. S. de. Demarcar, fiscalizar e educar: a biopolítica em Foucault e o plano de propaganda contra o analfabetismo. Revista Educação em Páginas, Vitória da Conquista, v. 3, p. e15557, 2024. DOI: 10.22481/redupa.v3.15557. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/redupa/article/view/15557. Acesso em: 2 dez. 2024.