Os caminhos do Arandu até o Kimistari: relações étnico-raciais no ensino de química através de oficinas temáticas
DOI:
https://doi.org/10.22481/reed.v4i11.14041Palavras-chave:
relaciones étnico-raciales, oficinas temáticas, indígenasResumo
Este trabalho foi desenvolvido no âmbito do subprojeto de Química do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) com o objetivo de auxiliar os alunos da educação básica na compreensão da ciência através de uma perspectiva histórico-cultural, destacando a individualidade de diversos povos na produção de métodos e produtos que envolvem a Química. A justificativa pelo interesse da temática trata-se da diversidade multicultural do nosso país, dessa maneira, é necessário que essa diversidade seja abordada no ambiente escolar, de modo a apresentar que os conhecimentos construídos nas Ciências e Tecnologias não são constituídos unicamente pelas culturas europeias. Nas atividades buscamos explorar os aspectos das culturas indígena e egípcia, e da história das pessoas negras na ciência. A estratégia didática usada na intervenção do projeto foi as oficinas temáticas, tendo em vista que elas se apresentam como uma abordagem de ensino dinâmica capaz de promover além das discussões sobre a história da Química, abordar os conteúdos químicos utilizando a teoria e a prática. Foram aplicadas três oficinas, intituladas respectivamente: “Quem produz a ciência?”, “E aí, beleza?” e “Flechada na Química!”, que discorreram sobre a diversidade étnica existente no Brasil e como essa diversidade está relacionada com a Química. O projeto foi aplicado no Colégio Estadual Governador Luís Viana Filho, em Feira de Santana - Bahia, em diferentes turmas do Ensino Médio. A experiência na escola com as Oficinas Temáticas proporcionou diversos benefícios a todos os envolvidos no projeto, alunos, supervisão, coordenação e aos iniciantes à docência. Validando, portanto, o trabalho elaborado através do PIBID, o qual trouxe desenvolvimento para a sociedade e para a comunidade acadêmica.
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