Madre-Medusa: la individación en la sombra
DOI:
https://doi.org/10.22481/sertanias.v2i2.12117Palabras clave:
Medusa, Madre fálica, Madre insuficientemente buena, Madre muerta, IndividuaciónResumen
Medusa simboliza la regresión, el encuentro con lo arcaico, lo irrepresentable; por otro lado, Perseo representa el proceso de individuación, el momento del autoconciencia y la victoria sobre la terrible Gran Madre. En este trabajo exploramos un aspecto poco mencionado: la capacidad de Medusa para generar. El mito nos cuenta que, después de ser decapitada por Perseo, Medusa -muerta- da a luz a Crisaor y Pegaso. Medusa nos revela la tensión entre la maternidad y lo erótico y que el imago de Madre-Medusa puede definirse simultáneamente como una madre fálica y una madre insuficientemente buena. También sugerimos que la madre fálica y la madre muerta pueden ser complementarias en la imago aquí propuesta, las dos caras de una misma moneda: el objeto perverso, persecutorio y ubicuo; y el objeto bueno, siempre vulnerable y ausente, respectivamente. Esta división está presente en la sangre y la descendencia de Medusa. Por tanto, se produciría una bi-triangulación entre el sujeto y dos objetos simétricos, ya que tanto la madre como el padre estarían ausentes.
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