A classe gramatical substantivo sob a ótica das gramáticas normativas, científicas e pedagógicas

Authors

  • Caio Aguiar Vieira Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB
  • Maíra Avelar Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB

DOI:

https://doi.org/10.22481/lnostra.v5i1.13234

Keywords:

Substativo, Gramática, Ensino de Línguas

Abstract

O objetivo deste artigo é verificar como as gramáticas normativas classificam o substantivo.  Dessa forma, utilizamos gramáticas normativas, uma gramática funcional e, também, um livro didático de inserido nas aulas de língua portuguesa em uma escola de ensino fundamental de Vitória da Conquista – BA. Partimos da hipótese de que nas gramáticas normativas não há um consenso ao definir o substantivo e, além disso, quando classificam, não são suficientes para explicar toda a complexidade que por detrás do funcionamento dessa classe gramatical no sistema linguístico. Portanto, discutimos os diferentes modelos gramaticais a partir dos estudos de Travaglia (2008), Manini (2009) e Nóbrega (2012). Nos resultados, verificou-se que, como ponto em comum, as gramáticas prescritivas conceituam o substantivo como “a palavra que nomeia os seres.” À vista disso, percebe-se que essa definição não é suficiente para descrever toda a complexidade e dinamicidade do substantivo, haja vista que outras classes gramaticais podem migrar e serem substantivadas, bem como demonstrou a gramática funcional. O livro didático, por sua vez, resume as classificações e generaliza a definição de substantivo. Nossa hipótese, então, foi confirmada, pois era previsto que os conceitos prescritos nas gramáticas normativas eram, em alguns pontos, incoerentes e seriam insuficientes para explicar toda complexidade da classe em estudo.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Caio Aguiar Vieira, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB

Caio Aguiar Vieira, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB

Graduado em Letras pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB campus Vitória da Conquista – Bahia – Brasil. Bolsista de Iniciação Científica – CNPQ. Integrante do Grupo de Pesquisa em Sociofuncionalismo e em Linguística História – CNPq - Grupo Janus e do Laboratório de Estudos em Linguagem e Cognição (LeCogLing - DGP/CNPq).

Maíra Avelar, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB

Maíra Avelar, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB

Doutora em Linguística e Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Professora adjunta no Departamento de Estudos Linguísticos e Literários da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, Vitória da Conquista – Bahia – Brasil. Líder do Laboratório de Estudos em Linguagem e Cognição (LeCogLing - DGP/CNPq)

References

AURÉLIO. Dicionário da língua portuguesa. 5. ed. Curitiba: Positivo, 2002.

BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ª. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

CASTILHO, A. T. Nova gramática do português brasileiro. São Paulo: Editora Contexto, 2010.

CEREJA, W. R. Português: linguagens. 9ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

CUNHA, C. & CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

GORSKI, E. M.; FREITAG, R. M. K. Língua materna e ensino: alguns pressupostos para a prática pedagógica. In: SILVA, C. R. (Org.). Ensino de português: demandas teóricas e práticas. João Pessoa, PB: Idéia, 2007, p. 91-126.

ILARI, Rodolfo. O Estruturalismo linguístico: alguns caminhos. In: Mussalin, F.; Bentes, A.C. (Org.) Introdução à Linguística: fundamentos epistemológicos. São Paulo: Cortez, 2004, p.53-92. v.3.

MANINI, Daniela. A gramática e os conhecimentos linguísticos em livros didáticos

de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental II (5ª a 8ª séries). Dissertação (Mestrado em Linguística). Campinas, SP: [s.n.], 2009.

NEVES, M. H. de M. Gramática de usos do português. São Paulo: Ed. UNESP, 2000.

______. A gramática: história, teoria e análise, ensino. São Paulo: Editora da Unesp, 2002.

______. A gramática passada a limpo: conceitos, análises e parâmetros. São Paulo: Parábola Editorial, 2012

NÓBREGA, A. A. Concepções (de ensino) de gramática: na interface livro didático/professores de língua portuguesa do 5º ano. Dissertação (Mestrado em Linguística). UFPB: João Pessoa, 2012.

PERINI, M. A. Princípios de linguística descritiva: introdução ao pensamento gramatical. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.

TRAVAGLIA, L. C. Gramática e Interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. 12ª. ed. São Paulo: Cortez, 2008.

VIEIRA, Caio Aguiar; SOUSA, Valéria Viana. Uma análise cognitiva da comparação à luz do funcionalismo. Revista Philologus, Ano 21, N° 63 – Supl.: Anais da X CNLF. Rio de Janeiro: CiFEFiL, set./dez.2015, p. 1986-1997

Published

2017-08-06

How to Cite

Vieira, C. A. ., & Avelar, M. . (2017). A classe gramatical substantivo sob a ótica das gramáticas normativas, científicas e pedagógicas. Língu@ Nostr@, 5(1), 70 - 84. https://doi.org/10.22481/lnostra.v5i1.13234