A classe gramatical substantivo sob a ótica das gramáticas normativas, científicas e pedagógicas
DOI:
https://doi.org/10.22481/lnostra.v5i1.13234Palavras-chave:
Substativo, Gramática, Ensino de LínguasResumo
O objetivo deste artigo é verificar como as gramáticas normativas classificam o substantivo. Dessa forma, utilizamos gramáticas normativas, uma gramática funcional e, também, um livro didático de inserido nas aulas de língua portuguesa em uma escola de ensino fundamental de Vitória da Conquista – BA. Partimos da hipótese de que nas gramáticas normativas não há um consenso ao definir o substantivo e, além disso, quando classificam, não são suficientes para explicar toda a complexidade que por detrás do funcionamento dessa classe gramatical no sistema linguístico. Portanto, discutimos os diferentes modelos gramaticais a partir dos estudos de Travaglia (2008), Manini (2009) e Nóbrega (2012). Nos resultados, verificou-se que, como ponto em comum, as gramáticas prescritivas conceituam o substantivo como “a palavra que nomeia os seres.” À vista disso, percebe-se que essa definição não é suficiente para descrever toda a complexidade e dinamicidade do substantivo, haja vista que outras classes gramaticais podem migrar e serem substantivadas, bem como demonstrou a gramática funcional. O livro didático, por sua vez, resume as classificações e generaliza a definição de substantivo. Nossa hipótese, então, foi confirmada, pois era previsto que os conceitos prescritos nas gramáticas normativas eram, em alguns pontos, incoerentes e seriam insuficientes para explicar toda complexidade da classe em estudo.
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