CRIANÇAS E FAMÍLIAS NAS MIGRAÇÕES TRANSNACIONAIS: PERSPECTIVAS LATINOAMERICANAS E CARIBENHAS
Palavras-chave:
Infancia, Família, Migrações TransnacionaisResumo
O objetivo deste artigo é analisar a migração de crianças e de famílias transnacionais no contexto latino-americano e caribenho. Para tanto levantamos dados demográficos da CEPAL entre 2010 e 2020, e pesquisas acerca do tema. Verificamos que as migrações transnacionais influenciam e impactam dinâmicas familiares, e experiências subjetivas das crianças. As questões etárias e de gênero aparecem no crescente protagonismo das mulheres, buscando melhores condições de vida para seus filhos e, nas avós que cuidam dos netos no país de origem, enquanto as mulheres trabalham no país de destino. As crianças que impulsionam as tomadas de decisões dos adultos são agentes nesse processo e no país de destino, mas pouco participam da decisão de migrar. A partir da Sociologia da Infância, destacamos que o lugar das crianças migrantes se constrói a partir de suas experiências marcadas pelos marcadores sociais: raça, classe, gênero e país de origem. Acompanhando suas famílias nos trajetos, permanecendo no país de origem ou ainda nascendo no país de destino, as vivências das crianças são atravessadas pela migração dos adultos, por não pertencimentos, discriminações, racismos e xenofobia. Ressalta-se que as migrações marcam as famílias mesmo quando parte delas permanece no país de origem.
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