Aprendendo a ser professor de Química: poder e autoridade no estágio supervisionado
DOI:
https://doi.org/10.22481/rid.v2i2.3303Palabras clave:
Estágio Supervisionado; Discurso Pedagógico; Discurso Regulador; Ensino de Química.Resumen
Esse artigo apresenta e discute os resultados de uma pesquisa cujo objetivo principal foi avaliar o estágio supervisionado como espaço e tempo de aquisição de saberes e competências didáticas na formação do professor de química. Baseado na teoria sociolinguística sobre o discurso pedagógico de Basil Bernstein, a pesquisa envolveu o acompanhamento de uma turma de estágio supervisionado de nove licenciandos em química durante a regência em seis escolas públicas do município de Jequié, Bahia. Com base nas observações de suas aulas e em entrevistas semiestruturadas, analisamos dois aspectos de suas práticas pedagógicas associados com o exercício do poder e da autoridade em sala de aula. Os aspectos investigados foram a organização dos espaços e a relação de comunicação entre professor e alunos. Os resultados apontaram que embora os licenciandos consigam estabelecer relações sociais que permitem a mobilidade e a aproximação física com os estudantes, as relações de comunicação são marcadamente verticais, com pouca participação espontânea dos aprendizes no diálogo de sala de aula.