A festa como espaço de sociabilidade: saberes e celebrações na comunidade negra rural do Mulungu de Boninal-Bahia
DOI:
https://doi.org/10.22481/sertanias.v4i2.13791Palavras-chave:
Festividade, Pertencimento, SociabilidadeResumo
O evento festivo torna-se um campo privilegiado para se compreender a importância das diversas formas de sociabilidade as quais revelam marcas culturais, de pertencimento e identitárias de um povo na sua forma de agir, de pensar, de celebrar, de ser e de estar no mundo. Nesta perspectiva nosso objetivo é compreender a festa como espaço de sociabilidade, pois as festas são entendidas como prática social voltada à promoção e organização dos mecanismos que instauram a relação do indivíduo com a cultura, com vista à criação das condições necessárias ao modo de celebrar, e de se relacionar de modo individual e coletivo num determinado contexto social. Neste sentido, a pesquisa de cunho Etnográfico foi a minha escolha metodológica, uma vez que parece ser o caminho que melhor traduz a rotina diária e os eventos especiais que nos levam a uma compreensão das redes de significações entre a festa com o “modo de celebração” e de coletividade, as crenças, os modos de viver que são partilhados pelo sujeito e com seu grupo social. Com isso, festejar, celebrar, comemorar recai, sobretudo, na reunião de pessoas as quais se juntam para um mesmo fim, em que o princípio da festa apropriadamente se constitui por diferentes caminhos ou olhares, pois para cada um dos envolvidos (o folião, o visitante, o festeiro, o promesseiro, o devoto, o morador do local, o pesquisador) é despertado por interesses e perspectivas subjetivas, revelando diferentes significados, daí a polissemia promovida para ou pela palavra festa.
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