A festa como espaço de sociabilidade: saberes e celebrações na comunidade negra rural do Mulungu de Boninal-Bahia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/sertanias.v4i2.13791

Palavras-chave:

Festividade, Pertencimento, Sociabilidade

Resumo

O evento festivo torna-se um campo privilegiado para se compreender a importância das diversas formas de sociabilidade as quais revelam marcas culturais, de pertencimento e identitárias de um povo na sua forma de agir, de pensar, de celebrar, de ser e de estar no mundo. Nesta perspectiva nosso objetivo é compreender a festa como espaço de sociabilidade, pois as festas são entendidas como prática social voltada à promoção e organização dos mecanismos que instauram a relação do indivíduo com a cultura, com vista à criação das condições necessárias ao modo de celebrar, e de se relacionar de modo individual e coletivo num determinado contexto social. Neste sentido, a pesquisa de cunho Etnográfico foi a minha escolha metodológica, uma vez que parece ser o caminho que melhor traduz a rotina diária e os eventos especiais que nos levam a uma compreensão das redes de significações entre a festa com o “modo de celebração” e de coletividade, as crenças, os modos de viver que são partilhados pelo sujeito e com seu grupo social. Com isso, festejar, celebrar, comemorar recai, sobretudo, na reunião de pessoas as quais se juntam para um mesmo fim, em que o princípio da festa apropriadamente se constitui por diferentes caminhos ou olhares, pois para cada um dos envolvidos (o folião, o visitante, o festeiro, o promesseiro, o devoto, o morador do local, o pesquisador) é despertado por interesses e perspectivas subjetivas, revelando diferentes significados, daí a polissemia promovida para ou pela palavra festa.

 

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Biografia do Autor

Maria Eunice Rosa de Jesus, Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Doutorado e mestrado em Educação e Contemporaneidade pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB. Especialização em Planejamento Educacional pela Universidade Salgado de Oliveira. Graduação em Letras – Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB (1997). Bacharelado em Administração pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB. Professora Adjunta da Universidade do Estado da Bahia, lotada no Departamento de Ciências Humanas - DCH - CAMPUS V, Santo Antônio de Jesus – Bahia no Colegiado de Letras – Língua Portuguesa. É, também, Professora Padrão D, Grau III, da Secretaria Estadual de Educação - SEC/BA, estatutária, regime de trabalho 20h semanais, no Colégio Estadual Francisco da Conceição Menezes, Santo Antônio de Jesus. Tem experiência de pesquisa nas áreas de Letras e Educação, com ênfase em Etnolinguística, formação docente, atuando principalmente nos seguintes temas: festividade, saberes locais, cotidiano, catolicismo rural e religiosidade, falares da Chapada Diamantina – vocábulos de Língua africana dos troncos Banto e Kwa incorporados ao português brasileiro e, em especial, falados em algumas cidades e comunidades negras rurais da Chapada Diamantina - Bahia.

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Publicado

2023-12-27

Como Citar

JESUS, M. E. R. de. A festa como espaço de sociabilidade: saberes e celebrações na comunidade negra rural do Mulungu de Boninal-Bahia. Sertanias: Revista de Ciências Humanas e Sociais, [S. l.], v. 4, n. 2, p. 1-23, 2023. DOI: 10.22481/sertanias.v4i2.13791. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/sertanias/article/view/13791. Acesso em: 22 nov. 2024.