Itinerâncias etnográficas na comunidade do Mulungu: a festa como espaço de sociabilidade
DOI:
https://doi.org/10.22481/sertanias.v1i1.8254Palabras clave:
Catolicismo rural, Festividade, SociabilidadeResumen
festa não é apenas um acontecimento folclórico, exótico, imutável, uma vez que ela é capaz de propiciar trocas de experiências entre indivíduos, reafirmando os laços de afetividades, religiosidade e pertencimento, sendo um espaço/lugar onde as pessoas se sentem vinculadas a um todo social, recriando vínculos através das comemorações sem ter uma obrigatoriedade em retribuir alguma coisa em troca dos possíveis encontros compartilhados nos momentos festivos. Logo, o Jiro do Reis e a festa em louvor a São Sebastião na comunidade do Mulungu constituem-se lugar de reunir, congregar pessoas as quais estão em constante movimento quando rezam, dançam e cantam no espaço sagrado da casa, afirmando a identidade de um grupo, uma comunidade, bem como contribuindo para a produção de uma grande quantidade de energia, que é redistribuída para todos os participantes num processo de metamorfose ao logo do tempo. Assim, busquei compreender o Jiro do Reis e a festa em louvor a São Sebastião como uma prática cultural que reestabelece o encontro e a fé, reforçando o pertencimento a uma religião quando os sujeitos se unem para celebrar a vida e os Santos. Com isso, a pesquisa de cunho Etnográfico foi a minha escolha metodológica, uma vez que parece ser o caminho que melhor traduz a rotina diária e os eventos especiais que nos levam a uma compreensão das redes de significações do real entre as festividades, as crenças, os modos de viver que são partilhados pelo sujeito e com seu grupo social.
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