Uma revisão da atuação das Agências Internacionais na educação brasileira
DOI:
https://doi.org/10.22481/poligs.v3i2.11300Palavras-chave:
Educação brasileira, Neoliberalismo, Política educacionalResumo
O estudo apresenta uma discussão sobre a influência de quatro organismos internacionais no cenário educacional mundial e, mais especificamente, para a educação brasileira. Foi resultado de uma pesquisa dirigida pelo grupo “Política e Fundamentos da Educação” e trata de uma revisão crítica de literatura realizada nas bases de dados Biblioteca Digital Brasileira de Teses de Dissertação, SciELO e Portal de Periódicos da CAPES. Contempla-se que, historicamente, a educação brasileira tem recebido influência de prescrições educacionais internacionais que veiculam princípios formativos ressignificados sob a ótica de uma pedagogia favorável ao neoliberalismo. Nesse cenário, desde 1930, a política educacional brasileira tem se voltado para reformas que associam três princípios mercadológicos – a saber: eficiência, eficácia e produtividade – a documentos balizadores de sua conjuntura, tal qual a Base Nacional Comum Curricular. Consequentemente, debate-se uma subordinação da educação às necessidades momentâneas e transeuntes do sistema capitalista que, ao perpassar por momentos de crise ou de remodelações internas, incumbe setores e países em reformas estruturais e fundamentais a fim de se sustentar. À educação, os séculos XX e XXI reservaram mudanças significativas que cambiaram sua perspectiva em direção à aprendizagem flexível e à qualidade educacional respaldada por avaliações em larga escala, evadindo princípios constitucionais primordiais no caso brasileiro.
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