Transversalidade emancipatória: imbricações autoformativas e autobiográficas

un estudio autobiográfico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/poliges.v2i2.9177

Palavras-chave:

Autoformação, Transversalidade, Emancipação, Questões Etnicorraciais, Pesquisa Autobiográfica

Resumo

Este artigo apresenta a continuidade da análise de uma entrevista narrativa autobiográfica , realizada com uma professora do Ensino Fundamental, da rede municipal do sertão baiano. Utilizando-nos da análise de conteúdo de Bardin à luz das publicações vigentes ampliamos as formas de comprovação de que a autoformação implica num processo antropológico de abordagem transcultural, ou seja, não é um processo individual, mas sim um processo de interação entre as diversas culturas a que o indivíduo tem acesso; que formação docente, em sua maioria não capacita o professor para o trabalho com o multiculturalismo crítico e transformador também denominado de interculturalismo; que a vivência de situações de preconceito marcou profundamente a vida pessoal e profissional da entrevistada. Acrescenta-se ainda que a transversalidade emancipatória dos sujeitos está vinculada a sua visão de mundo, portanto, a sua concepção cultural dos fatos sociais no momento presente, por isso, neste artigo, analisaremos as categorias: educação de jovens e adultos (EJA); negritude; preconceito. Conclui-se então que ainda há muito que se avançar para o enraizamento dos princípios e consequente institucionalização das práticas transversais e interdisciplinares no processo de formação dos sujeitos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Izanete Marques Souza, Instituto Federal Baiano (IF BAIANO)

Mestra em Educação e Diversidade, Universidade do Estado da Bahia (UNEB); Docente do IF Baiano – Brasil; Pesquisadora líder do GEPEDET/IF Baiano (Grupo de Pesquisa em Educação, Diversidade, Linguagens e Tecnologias).

Eliana do Sacramento de Almeida, Universidade Estadual da Bahia (UNEB)

Doutoranda em Enfermagem e Saúde, Universidade Federal da Bahia (UFBA); Docente na Universidade do Estado da Bahia – Brasil. Vice-Coordenadora do Laboratório de História e Cultura Afro-brasileira e Currículo Mariinha Rodrigues (LahAfro).

Antônio José de Souza, Prefeitura Municipal de Itiúba - Bahia – Brasil

Doutorando em Família na Sociedade Contemporânea, Universidade Católica do Salvador (UCSal) - Docente da Educação Básica, Itiúba – Brasil; Integrante do Laboratório de Políticas Públicas, Ruralidades e Desenvolvimento Territorial (LaPPRuDes/IFBaiano); Bolsista FAPESB.

Referências

BACKES, José Licínio. Multiculturalismo e Interculturalidade no currículo escolar. Quaestio, Sorocaba, SP, v. 15, n. 1, p. 50-64, maio, 2013. Disponível em: file:///C:/Users/User/Downloads/1632-Texto%20do%20artigo-2813-1-10-20130926.pdf. Acesso em 08 abr 2019.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa-PT: Editora 70, 2015.

BENJAMIN, Walter. O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. 7. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 197-221. (Obras Escolhidas,v. 1).

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em 21 de mar. de 2021.

BRASIL. Lei 10.639/2003, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm. Acesso em 21 de mar. de 2021.

CAVACO, Carmen de Jesus Dores. Formação de educadores numa perspectiva de construção do saber – contributos da abordagem biográfica. Cad. Cedes, Campinas, v. 35, n. 95, p. 75-89, jan-abr. 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v35n95/0101-3262-ccedes-35-95-00075.pdf. Acesso em 06 abr 2019.

DELORY-MOMBERGER, Christine. Abordagens metodológicas na pesquisa biográfica; tradução Anne- Marie Milon Oliveira. Revista Brasileira de Educação, v. 17, n. 51, set.-dez. 2012. Disponível: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v17n51/02.pdf. Acesso em: 03 ago 2014.

GALVANI, Pascal. A autoformação, uma perspectiva transpessoal, transdisciplinar e transcultural. Revista Educação e transdisciplinaridade II, São Paulo, Triom/UNESCO, 2002, p. 95-121. Disponível em: http://www.ufrrj.br/leptrans/arquivos/autoformacao.pdf. Acesso em 06 abr 2019.

GOMES, Nilma Lino. Educação e Relações Raciais: refletindo sobre algumas estratégias de atuação. IN: MUNANGA, Kabengele (org). Superando o Racismo na escola. Brasília: MEC, SECAD, 2005.

GOMES, Nilma Lino. O movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis-RJ: Vozes, 2017.

LARAIA, Roque de Barros. Cultura:um conceito antropológico. Rio de Janeiro, Zahar, 1986.

McLAREN, Peter. Multiculturalismo crítico. São Paulo: Cortez, 2000.

NASCIMENTO, Beatriz. Quilombola e Intelectual: possibilidades nos dias da destruição. São Paulo: Diáspora africana: Filhos da África, 2018.

RIBEIRO, Djamila. Quem tem medo do feminismo negro?. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

PASSEGGI, Maria Conceição. Nada para a criança, sem a criança: o reconhecimento de sua palavra para a pesquisa (auto)biográfica. In: MIGNOT, A. C., SAMPAIO, C. S., & PASSEGGI, M. C. Infância, aprendizagem e exercício da escrita. Curitiba: CRV, 2014.

PJMP. Pastoral da Juventude de Meio Popular. Disponível em: http://phelipepjmp.tumblr.com/PJMP. Acesso em: 05 abr 2019.

RODRIGUES, Poliana Rezende Soares; AQUINO, Mirian de Albuquerque. A (In)Visibilidade da Pessoa Negra na Literatura Infantil: (im)possibilidades de afirmação da identidade afrodescendente na escola. João Pessoa: Cadernos Imbondeiro, v.1, n.1, 2010. Disponível em: http://www.periodicos.ufpb.br/index.php/ci/article/download/13492/7651. Acesso em 05 set 2014.

SANTOS, Boaventura de Sousa; ARAÚJO, Sara; BAUMGARTEN, Maíra.As Epistemologias do Sul num mundo fora do mapa. Sociologias. Porto Alegre, ano 18, n. 43, set/dez 2016, p. 14-23.

SILVA, Ana Célia da. A Desconstrução da Discriminação no Livro Didático. IN: MUNANGA, Kabengele (org). Superando o Racismo na escola. Brasília: MEC, SECAD, 2005.

SOUZA, Elizeu Clementino de; OLIVEIRA, Rita de Cássia Magalhães de. Pesquisa (auto)biográfica, cultura e cotidiano escolar: diálogos teórico-metodológicos. Rio de Janeiro: Revista Interinstitucional Artes de Educar, v. 2, n. Especial, jun/out 2016, p. 182-203. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/riae/article/view/25506/0. Acesso em: 04 abr 2021.

TAVARES, Manuel. Recensão crítica da obra Epistemologias do Sul, organizada por Boaventura de Sousa Santos e Maria Paula Meneses.Recensão. In: Revista Lusófona de Educação, n.13, v. 13, 2009, p. 183-189.

VILLELA. Heloisa de O. S. O mestre-escola e a professora.In: LOPES, Elaine Marta Teixeira, FARIA FILHO, Luciano Mendes de, VEIGA, Cyntia Greive (orgs.). 500 anos de educação no Brasil. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.

Downloads

Publicado

2021-10-20

Como Citar

SOUZA, I. M.; ALMEIDA, E. do S. de .; SOUZA, A. J. de . Transversalidade emancipatória: imbricações autoformativas e autobiográficas: un estudio autobiográfico. Revista de Políticas Públicas e Gestão Educacional (POLIGES), [S. l.], v. 2, n. 2, p. 209-226, 2021. DOI: 10.22481/poliges.v2i2.9177. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/poliges/article/view/9177. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos