Escola Quilombola e reconhecimento de si: reflexões a partir de entrevistas com estudantes

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22481/poliges.v2i2.9349

Palabras clave:

Educación diferenciada., Movimiento Quilombola., Identidad Quilombola, Escuela de Quilombola.

Resumen

A Bahia é o estado com mais comunidades quilombolas reconhecidas. Com o objetivo de fornecer uma educação específica e diferenciada, o estado brasileiro vem criando escolas quilombolas nesses territórios. Ao apresentar a Escola Quilombola Caminhos de Boa Esperança em Wenceslau Guimarães-BA, o artigo se propõe a partir de entrevistas com quatro estudantes do Ensino Fundamental que se reconhecem como quilombola tecer reflexões sobre os significados de pertencimento quilombola, relações com os colegas não quilombola que também frequentam a escola e concepções de diferenças entre escolas quilombolas e não quilombolas.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Danilo César Souza Pinto, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Graduado (2004) em Ciências Sociais e mestrado (2007) em Ciências Sociais (com ênfase em Antropologia Social) pela Universidade Federal de São Carlos. Doutor (2013) em Antropologia Social pela mesma instituição, com a tese "Homenagens do Legislativo: uma etnografia dos processos simbólicos do estado". Investigador Visitante Júnior (2010-2011) no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Professor e pesquisador com experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia do Estado, sociedades indígenas e Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: burocracia, política, educação e diversidade étnico-racial, educação indígena e sociedade brasileira. Atualmente é Professor Titular de Antropologia Social na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus de Jequié, professor do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnicas e Contemporaneidade (PPGREC/UESB) e membro dos grupos de pesquisa "Antropologia do Estado e da Guerra" e Grupo de Estudos em Temática Indígena e Interculturalidade (GETII).

José Valdir Jesus de Santana, Univerisidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

Graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia- UNEB. Mestrado em Educação e Contemporaneidade pela Universidade do Estado da Bahia. Doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar. Professor Titular, com dedicação exclusiva, do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, Campus de Vitória da Conquista, onde atua como professor na Graduação e nos Programas de Pós-Graduação em Relações Étnicas e Contemporaneidade e Programa de Pós-Graduação em Ensino. Coordenador do Grupo de Pesquisa em Etnicidades, Relações Raciais e Educação - CNPQ/UESB e Grupo de Pesquisa em Interculturalidades e Educação: experiências entre os Povos indígenas da Bahia - CNPQ/UESB. em experiência na área de Etnologia indígena, educação escolar indígena, antropologia e educação, antropologia da criança, relações étnicas, educação e relações étnico-raciais, gênero e sexualidade na educação

Aílton Filgueiras da Silva, Univerisidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

É licenciado em Letras pela Universidade do Estado da Bahia-UNEB (2007), com especialização em Literatura e Ensino de Literatura pela Universidade do Sudoeste da Bahia-UESB (2011). Especialização em Ensino da Língua Portuguesa (Faculdade do Noroeste de Minas Gerais-FINOM). Atua como professor de Língua Portuguesa e Literatura no Ensino Fundamental (6° ao 9° ano) no município de Wenceslau Guimarães.É lotado na Secretaria de Educação do Estado da Bahia como professor de Língua Portuguesa, Literaturas e Geografia no Colégio Estadual Nair Lopes Jenkins no município de Wenceslau Guimarães-Ba Possui experiência em cursinho pré-vestibular (Professor de Redação e Atualidades).É Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnicas e Contemporaneidade (PPGREC), com área de concentração em Relações Étnicas, Gênero e Sociedade, Linha de Pesquisa 1: Etnicidade, Memória e Educação pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB),oferecido pelo Órgão de Educação e Relações Étnicas (ODEERE).É membro do Grupo de Estudos em Temática Indígena e Interculturalidade (GETII).

Citas

ARRUTI, José Maurício. Mocambo: antropologia e história do processo de formação quilombola – Bauru, SP: Edusc, 2006.

ARRUTI, J osé Maurício. Quilombos. In: Raça: Perspectivas Antropológicas. [org. Osmundo Pinho, Livio Sansone]. ABA- 2ª Edição revista / EDUFBA.2008.

ARRUTI, José Maurício. CONCEITOS, NORMAS E NÚMEROS: UMA INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA. Revista Contemporânea de Educação, vol. 12, n. 23, jan/abr de 2017.

BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo ; tradução Luís Antero Reto, Augusto Pinheiro. - São Paulo : Edições 70, 2011.

CAMPOS, Margarida Cássia e GALLINARI, Tainara Sussai. A educação escolar quilombola e as escolas quilombolas no Brasil. Revista NERA – Ano 20 nº. 35 – Janeiro/Abril de 2017.

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. "Etnicidade: da cultura residual mas irredutível" [1979]. In: Cultura com aspas. São Paulo: Cosac Naify. pp. 235-244.2009.

CARRIL, Lourdes de Fátima Bezerra. Os desafios da educação quilombola no Brasil: o território como contexto e texto. Revista Brasileira de Educação v. 22 n. 69 abr.-jun. 2017.

CHARLOT, Bernard. Relação com o Saber, Formação de Professores e Globalização – questões para a educação hoje. Porto Alegre: Artmed, 2005.

GUSMÃO, Neusa Maria Mendes de. Antropologia e educação quilombola: etnicidade e mediação. Raimundo Nonato Ferreira do Nascimento, Marion Teodósio de Quadros, Vânia Filho ( Orgs.).EntreRios – Revista do PPGANT – UFPI Vol. 03,n.1. Antropologia, educação e diversidade, Teresina – 2020.

MATOS, Wesley Santos de. Educação e Reconhecimento de Si entre as Crianças Quilombolas da Comunidade Nova Esperança-Jequié, UESB, 2017.

OLIVEIRA, Roberto Cardoso de. Identidade étnica, identificação e manipulação. Sociedade e Cultura, V. 6, N. 2, JUL./DEZ. 2003.

OLIVEIRA, Suely Noronha de. Educação Escolar Quilombola: uma narrativa do processo de produção das diretrizes curriculares no estado da Bahia e em nível nacional. Revista O Social em Questão - Ano XVII - nº 32 – 2014.

PURIFICAÇÃO, Josemar Oliveira. EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA: um estudo sobre os aspectos difundidos no Quilombo Rio das Rãs. Dissertação de Mestrado - Universidade do Estado da Bahia Faculdade de Educação. Programa de Pós Graduação em Educação e Contemporaneidade – Salvador 2015.

REIS, Greissy Leoncio; OLIVEIRA, Niltânia Brito; SILVA, Alberto Bomfim da. EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA CONQUISTA: relatos sobre o primeiro seminário sobre políticas municipais e formação docente. VII Seminário Nacional e III Seminário Internacional Políticas Públicas, Gestão e Práxis Educacional. Seminário Gepráxis, Vitória da Conquista – Bahia – Brasil, v. 7, n. 7, p. 3374-3389, maio, 2019.

SANTOS, Cleidineia Carvalho. Comunidade Quilombola Nova Esperança: a mulher na construção da identidade étnica (Dissertação de Mestrado) – Universidade Federal da Bahia, Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC), 2018.

SANTOS, Edmilson et al. Oferta de Escolas de Educação Escolar Quilombola no Nordeste Brasileiro. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 44, n. 1, e81346, 2019.

SCANTAMBURLO, Letícia Porto Sousa. EDUCAÇÃO QUILOMBOLA NO DISTRITO DE MARICOABO - VALENÇA/ BA: Diagnóstico Situacional à Luz das Políticas Afirmativas. Dissertação de Mestrado em Educação do Campo. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, 2018.

SOUZA, Bárbara Oliveira. Aquilombar-se: panorama histórico, identitário e político do movimento quilombola brasileiro. Universidade Federal de Brasília. [Dissertação de mestrado]. 2008.

SOUZA, Shirley Pimentel de. Educação escolar quilombola : as pedagogias quilombolas na construção curricular. Dissertação de Mestrado UFBA – 2015.

TROUILLOT, Michel-Rolph. Silenciando o passado: poder e a produção da história / tradução de Sebastião Nascimento. – Curitiba: huya, 2016.

VEIGA, I.P.A. Projeto Político-Pedagógico da escola: uma construção possível/ Ilma Passos Alencastro Veiga (Org.) – Campinas, São Paulo: Papirus, 2008.

Publicado

2021-10-20

Cómo citar

PINTO, D. C. S.; SANTANA, J. V. J. de .; SILVA, A. F. da . Escola Quilombola e reconhecimento de si: reflexões a partir de entrevistas com estudantes. Revista de Políticas Públicas e Gestão Educacional (POLIGES), [S. l.], v. 2, n. 2, p. 30-57, 2021. DOI: 10.22481/poliges.v2i2.9349. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/poliges/article/view/9349. Acesso em: 22 dic. 2024.

Número

Sección

Artigos