Desafios e possibilidades para a Educação em Ciências em tempos de crise civilizatória: repensando os atuais caminhos
DOI:
https://doi.org/10.22481/riduesb.v8i1.11722Palavras-chave:
Ensino de ciências, Saberes/fazeres docentes, Formação de professores de Ciências, Emergência planetáriaResumo
Neste ensaio objetivamos discutir os principais desafios e possibilidades para o ensino de ciências relacionados à dimensão científico-tecnológica numa perspectiva crítica que contribua com a construção de uma sociedade justa, solidária e sustentável. Desse modo, evidenciamos desafios que se interpõem entre as práticas de ensino de ciências oriundas de métodos puramente habituais e uma verdadeira práxis pedagógica que possa contribuir para a transformação crítica da realidade. Nessa perspectiva, destacamos alguns caminhos incorporados em cinco novas demandas interdependentes que marcam de maneira singular o momento em que vivemos, quais sejam: a) problematização de ideologias e visões limitadas da própria ciência em sua relação com a realidade; b) superação do cientificismo e da perspectiva anticientífica; c) enfrentamento das dimensões capitalistas, patriarcais e colonialistas na própria construção e desenvolvimento da ciência e tecnologia; d) constituição de tessituras e relações dialógicas entre saberes/fazeres críticos que compartilham de premissas semelhantes voltadas à superação dos dilemas e contradições sociais que vivenciamos, e e) incorporação de uma dimensão ética no ensino de ciências. Sinalizamos, portanto, novos horizontes no contexto de uma Educação em Ciências que seja capaz de colaborar para o necessário enfrentamento da crise civilizatória que vivenciamos.
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