Português (Brasil)

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DOI:

https://doi.org/10.22481/poligs.v3i2.11070

Palabras clave:

Português (Brasil)

Resumen

Desde 2002 várias denúncias sobre trabalho escravo e violações de direitos humanos nos piaçabais do Rio Negro foram realizadas pelas famílias dos trabalhadores extrativistas que estavam imobilizados pela dívida com algum “patrão”. A partir de uma análise documental, bibliográfica e arquivística foi possível a construção de uma etnografia dos documentos sobre essa situação social. O objetivo deste artigo é apresentar a genealogia do processo de judicialização das denúncias sobre trabalho escravo no Rio Negro, atentando para os seguintes questionamentos: Como começou o referido processo de judicialização. Qual o andamento desse processo. Como as denúncias foram recebidas no município e quais os impactos disso nas relações sociais ali estabelecidas. Para responder esses questionamentos foi necessário a leitura e análise do Inquérito Civil 1.13.000.002364/2013-43 levantados no Ministério Público Federal no Amazonas (MPF-AM). A agência dos documentos fez com que o Estado produzisse, por meio do MPF e MPT, ações para garantir os direitos desses trabalhadores extrativistas. A disposição e ordenação desse material documental conta uma história que por séculos foi silenciada, neste caso, a imobilização da força de trabalho de povos indígenas e trabalhadores extrativistas na Amazônia.

 

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Biografía del autor/a

Elieyd Sousa de Menezes, Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)

Pesquisadora visitante no Departamento de Ciências Sociais e Filosofia do Centro de Estudos Superiores de Caxias da Universidade Estadual do Maranhão. Doutora (2019) e Mestra (2012) em Antropologia Social pelo PPGAS-UFAM. Bacharel (2009) e Licenciada (2011) em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Amazonas. Pesquisadora do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (UEA/UEMA). Integra o grupo de pesquisa do Laboratório Nova Cartografia Social: Processos de Territorialização, Identidades Coletivas e Movimentos Sociais - CNPq. Professora de Sociologia e Antropologia. Tem experiência de pesquisa na bacia no rio Negro, com povos e comunidades tradicionais, especificamente povos indígenas, ribeirinhos e piaçabeiros relacionados a conflitos territoriais, relações de poder e de trabalho, antropologia econômica, direitos humanos, etnicidade e conhecimentos tradicionais.

Citas

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MECANISMOS JURÍDICO-FORMAIS

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Publicado

2022-12-27

Cómo citar

MENEZES, E. S. de. Português (Brasil). Revista de Políticas Públicas e Gestão Educacional (POLIGES), [S. l.], v. 3, n. 2, p. 39-65, 2022. DOI: 10.22481/poligs.v3i2.11070. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/poliges/article/view/11070. Acesso em: 22 dic. 2024.