APAGAMENTO DA MULHER EM EXPERIÊNCIAS DE FUNDAÇÃO DO MAGISTÉRIO NA BAHIA:
APONTAMENTOS DE UMA ETNOGRAFIA EM ARQUIVOS DE PROFESSORAS E INSTITUIÇÕES DE ENSINO
DOI:
https://doi.org/10.22481/praxis.v14i28.3473Palavras-chave:
Sudoeste da Bahia, Magistério, MulheresResumo
Este trabalho é uma etnografia de arquivo que descreve experiências fundadoras do magistério no sudoeste do Estado da Bahia. O trabalho de campo aconteceu entre fevereiro de 2016 e novembro de 2017 em documentos de instituições e de professoras aposentadas. Ele foi composto por movimentos de análise de documentos, observação participante e entrevistas. Ao longo da investigação, deparamo-nos inicialmente com enunciados que atribuíam apenas ao homem o protagonismo no magistério na região, especificamente de Ciências e Matemática. Todavia os documentos do arquivo e os sujeitos indicaram apontamentos que nos permitiram interrogar os enunciados da hegemonia masculina e, consequentemente, entender como as versões contadas acerca da história do ensino de Ciências e Matemática estão pautadas em um silêncio fundador: o apagamento da mulher nas formulações sobre as fundações das Escolas Normais, da Faculdade de Formação de Professores de Vitória da Conquista e do Ginásio do Padre Palmeira. Concluímos apontando políticas de silêncio como condição de produção de um patriarcado que tem como cerne do seu conteúdo a hegemonia masculina atrelada ao apagamento feminino no sudoeste da Bahia, ainda que as experiências práticas de ensinar e aprender foram e são protagonizadas principalmente por mulheres sertanejas.
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