“UM MANIFESTO À MULHER BRASILEIRA”: GRUPO FEMININO DE ESTUDOS SOCIAIS E ATUAÇÃO DAS MULHERES NA IMPRENSA
DOI:
https://doi.org/10.22481/praxisedu.v16i38.5989Palavras-chave:
Emancipação feminina, Imprensa, Profissão docenteResumo
Analisar a atuação de professoras na imprensa carioca no contexto da Primeira República é o objetivo deste trabalho. Para tanto se fez necessário o entendimento das condições e normas a que as mulheres estavam sujeitas naquele período. A partir da elucidação do papel delegado às mesmas, foi possível perceber que a profissão docente tornou-se um espaço importante de ocupação feminina. Neste sentido, elegeu-se como eixo norteador do estudo o “Manifesto à Mulher Brasileira”, publicado no jornal Voz do Povo, em 1920, pelo Grupo Feminino de Estudos Sociais, com a presença de professoras em sua composição. Entre os conteúdos trazidos no manifesto destacavam-se as discussões sobre a “emancipação feminina”, visando libertar as mulheres das “diversas formas de escravidão” a que estavam submetidas. A fim de problematizar o debate travado, ainda, buscou-se analisar a visibilidade dada aos discursos de professoras nos jornais Correio da Manhã e A Razão. A pesquisa permitiu observar aspectos relevantes da experiência de mulheres tomadas como sujeitos da história daquele momento histórico.
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