Educação e luta de trabalhadores sem-terra como expressão do contraditório
DOI:
https://doi.org/10.22481/praxisedu.v17i45.6957Palavras-chave:
Luta pela Terra, Processos Educativos, Trabalhadores sem-terraResumo
Neste artigo, propomos compreensões acerca das intencionalidades inerentes à participação pregressa de agricultores/as assentados/as em processos de luta pela reforma agrária no Brasil. Partimos de um posicionamento epistemológico que considera as práticas sociais vivenciadas pelos seres humanos enquanto práxis intersubjetiva, geradora de processos educativos que se projetam no tempo-espaço a partir de situações gnosiológicas problematizadoras da realidade social. Por meio da análise fenomenológica de dados obtidos pelas entrevistas realizadas com agricultores/as assentados/as, argumentamos que a prática da luta pela terra por eles empenhada se configurou enquanto expressão dos processos educativos forjados a partir do contraste de suas experiências de roça e êxodo rural.
Downloads
Metrics
Referências
CARVALHO, J. G. Questão Agrária e Assentamentos Rurais no Estado de São Paulo: o caso da Região Administrativa de Ribeirão Preto. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2011.
DELGADO, G. C. Capital financeiro e agricultura no desenvolvimento recente da economia brasileira. Tese (Doutorado) -- Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1984.
______. Do capital financeiro na agricultura à economia do agronegócio: mudanças cíclicas em meio século [1965-2012]. Porto Alegre/RS: Editora UFRGS, 2012.
DUVAL, H.C.; FERRANTE, V. L. S. B.; BERGAMASCO, S. M. P. P.. Sobre o uso da teoria do campesinato na contemporaneidade. Raízes (UFPB), v. 35, p. 62-78-78, 2016.
FELTRAN, G. Periferias, direito e diferença: notas de uma etnografia urbana. Revista de Antropologia. n. 53, v.2, Universidade de São Paulo, p. 565-610, 2010.
______. Fronteiras de tensão: um estudo sobre política e violência nas periferias de São Paulo. São Paulo/SP: Editora UNESP, 2011.
FERNANDES, B. M. A ocupação como forma de acesso à terra. In: ENCONTRO DE GEÓGRAFOS DA AMÉRICA LATINA, 08., 2001, Santiago de Chile. Anais... Santiago de Chile, Universidad de Chile, 2001.
FERRANTE, V. L. S. B.; BARONE, L. A.; DUVAL, H. C. O final de um ciclo? Reflexões sobre assentamentos rurais no Estado de São Paulo. REDD - Revista Espaço de Diálogo e Desconexão, v. 5, n. 1, p. 01-28, 2012.
FIORI, E. M Educação Libertadora. In: ______. Textos escolhidos, Vol. II, Educação e Política. Porto Alegre/RS: L&PM, 1991, p. 83-95.
______. Aprender a dizer a sua palavra. In: E. M. FIORI. Educação e Política: textos escolhidos – volume II. 2a ed. Porto Alegre/RS: Editora da UFRGS, 2014a, p. 67-81.
______. Conscientização e educação. In: E. M. FIORI. Educação e Política: textos escolhidos – volume II. 2a ed. Porto Alegre/RS: Editora da UFRGS, 2014b, p. 83-104.
FREIRE, P. Extensão ou comunicação? 13 ed. Rio de Janeiro/RJ: Paz e Terra, 2006.
______. Pedagogia do oprimido. 50 ed. Rio de Janeiro/RJ, Paz e Terra, 2011.
GARNICA, A. V. M. S. Algumas notas sobre pesquisa qualitativa e fenomenologia. Interface — Comunicação, Saúde, Educação, v.1, n.1, p. 109-122, 1997.
GEORGES, I.; RIZEK, C. A periferia dos direitos. In: 32. ENCONTRO NACIONAL DA ANPOCS, 32., 2008, Caxambu/MG. Anais... São Paulo: ANPOCS, 2008. p. 02-22.
GEORGES, I.; SILVA, C. F. A naturalização da precariedade: trabalho informal, autônomo e cooperativado entre costureiras em São Paulo (Brasil). Revista Latinoamericana de Estudios del Trabajo, p. 79-95, 2008.
GRAZIANO DA SILVA, J.. Progresso técnico e relações de trabalho na agricultura paulista. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1980.
LARROSA-BONDÍA, J. Notas sobre a experiência e o saber da experiência. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 19, p. 20-28, 2002.
LEOPOLDO E SILVA, F. Descontrole do tempo histórico e banalização da experiência. In: NOVAES, A. (Org.) Mutações: ensaios sobre as novas configurações do mundo. São Paulo: SESC - Agir, 2008, p. 149-162.
MARTINE, G.. A trajetória da modernização agrícola: a quem beneficia? Lua Nova, São Paulo, n. 23, p. 07-37, 1991.
MARTINS, J.; BICUDO, M. A. da V. A pesquisa qualitativa em psicologia, fundamentos e recursos básicos. 2. ed. São Paulo/SP: Moraes EDUC, 1989.
MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da Percepção. 3a ed. São Paulo/SP: Martins Fontes, 2006.
OLIVEIRA, M. W. de. Et al. Processos educativos em práticas sociais: reflexões teóricas e metodológicas sobre pesquisas em espaços sociais. In: OLIVEIRA, M. W. de; SOUSA, F. R. (Org.). Processos educativos em práticas sociais: pesquisas em educação. São Carlos, SP: EdUFSCar, 2014, p. 29-46.
ROSA, T. T. Fronteiras em disputa na produção do espaço urbano: a trajetória do "Gonzaga" de favela a bairro de periferia. Dissertação (Mestrado). Instituto Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2008.
______. Favelas, Periferias: uma reflexão sobre conceitos e dicotomias. In: ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS, 33., 2009, Caxambu /MG. Anais... São Paulo, ANPOCS, 2009.
SEVERINO, A. J. Educação, sujeito e história. São Paulo: Olho d’água, 2001.
SCIRÉ, C. D. de O. Consumo popular, fluxos globais: práticas, articulações e artefatos na interface entre a riqueza e a pobreza. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.
______. Financeirização da pobreza: crédito e endividamento no âmbito das práticas populares de consumo. Teoria & Pesquisa, v. 20, p. 65-78, 2011.
TELLES, V. da S. Pobreza e Cidadania. São Paulo: Editora 34, 2001.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Práxis Educacional
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.
Você é livre para:
Compartilhar - copia e redistribui o material em qualquer meio ou formato; Adapte - remixe, transforme e construa a partir do material para qualquer propósito, mesmo comercialmente. Esta licença é aceitável para Obras Culturais Livres. O licenciante não pode revogar essas liberdades, desde que você siga os termos da licença.
Sob os seguintes termos:
Atribuição - você deve dar o crédito apropriado, fornecer um link para a licença e indicar se alguma alteração foi feita. Você pode fazer isso de qualquer maneira razoável, mas não de uma forma que sugira que você ou seu uso seja aprovado pelo licenciante.
Não há restrições adicionais - Você não pode aplicar termos legais ou medidas tecnológicas que restrinjam legalmente outros para fazer qualquer uso permitido pela licença.