Currículo e formação de professores: “captura” e (re)formação de subjetividades dos sujeitos do campo
DOI:
https://doi.org/10.22481/praxis.v13i24.928Palavras-chave:
Currículo, Educação do campo, Formação de professoresResumo
Trata-se de estudo que tem por objetivo interrogar sobre a incidência da formação de professores do Campo na produção, (re)formação e conformação das subjetividades dos sujeitos dos movimentos sociais, sindicais e do Campo. Toma-se a análise documental do currículo de um Curso de Pedagogia do Campo, realizado pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), e financiado pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA), em parceria com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Minas Gerais (FETAEMG). Conclui-se que somente o estabelecimento de parcerias com entidades que se colocam como representantes de movimentos sociais e sindicais, e defensores da Educação do Campo, não garante a filiação da formação aos preceitos destes. A forma e o conteúdo da matriz curricular, tanto no rol das disciplinas, quanto dos seus ementários e referências, desconsidera as especificidades da Educação do Campo e dos movimentos sociais e sindicais; apresenta a formação de professores baseada em um modelo técnico-linear e, portanto, pretensamente neutro, a-crítico. Tem-se, portanto, por meio dessa matriz os elementos necessários à instauração de um processo que venha moldar as subjetividades dos acadêmicos à lógica do sistema do capital, e suas diretrizes neoliberais, arrefecendo o potencial dos movimentos de contestação e luta. Reproduz-se novos mecanismos de conformidades que, historicamente, vem sendo colocados a serviço da destituição do Campo como espaço de direitos.
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