Analfabetismo, prácticas curativas y población negra: un análisis de la producción discursiva de la prensa brasileña en la década de 1850
DOI:
https://doi.org/10.22481/praxisedu.v18i49.10768Palabras clave:
analfabetismo, población negra, prensa, salud y educaciónResumen
El artículo tiene como objetivo analizar cómo, a mediados del siglo XIX, se producen en la prensa brasileña asociaciones entre analfabetismo, prácticas curativas y población negra. Desde un punto de vista teórico-metodológico, el trabajo se basa en estudios de Historia Cultural y de Análisis del Discurso. Como principales fuentes de investigación, movilizamos la prensa periódica y los diccionarios. Particularmente analizamos seis artículos publicados en periódicos de Río de Janeiro y Pernambuco en la década de 1850. En los textos analizados es posible visualizar las estrategias discursivas movilizadas por los autores de publicaciones publicadas en la prensa para producir efectos en los posibles lectores que los analfabetos, los pobres y los negros debem ser excluidos de la marcha del progreso y de la civilización. El conocimiento que llevaban fue descalificado y, a menudo, ridiculizado. Se agregó la idea de que los negros, al ser considerados similares a los animales y tener sus manifestaciones culturales y espirituales más directamente asociadas con la brujería y la brujería, estaban aún más estrechamente vinculados a la barbarie.
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