O regresso das indefinições sobre a formação de professores: entre disputas, negações e resistências

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22481/praxisedu.v17i46.8923

Palavras-chave:

Indefinição do nível de formação, Diretrizes curriculares nacionais para a formação de professores, Projetos em disputa

Resumo

O presente artigo propõe discutir políticas de formação do (a) professor (a) da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental na educação superior no Brasil. Assim, a análise organiza-se a partir de pesquisa documental reportando-se à revisão e análise da política de formação de professores (as) ambientada no Brasil tendo como marco a aprovação da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei no 9394/96 e um conjunto de outros textos legais, tais como a Resolução/CNE 01/2006, a Resolução/CNE 02/2015 e, mais recentemente, a Resolução/CNE/CP no 2, de 20 de dezembro de 2019. Parte-se da ideia de que as diretrizes circunscritas nessa última Resolução renegam conquistas, condicionam a ação das Instituições de Ensino Superior (IES) e impõem o retorno de propostas de formação que desconfiguram um projeto de formação, visto que não se coadunam com o debate e as exigências do presente.

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Biografia do Autor

Mark Clark Assen de Carvalho, Universidade Federal do Acre – Brasil

Doutor em Educação pela PUC/SP, com estudos de estágio pós-doutoral em Educação/UFPA. Professor Titular do Centro de Educação, Letras e Artes da UFAC, Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFAC e do Doutorado em Educação da Rede Educanorte/UFPA

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Publicado

2021-07-01

Como Citar

CARVALHO, M. C. A. de. O regresso das indefinições sobre a formação de professores: entre disputas, negações e resistências . Práxis Educacional, Vitória da Conquista, v. 17, n. 46, p. 202-215, 2021. DOI: 10.22481/praxisedu.v17i46.8923. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/8923. Acesso em: 19 abr. 2024.