UMA LEITURA DE ADORNO HOJE:
EDUCAR APÓS AUSCHWITZ
DOI:
https://doi.org/10.22481/praxis.v14i28.3460Palavras-chave:
Lei da Mordaça., Halbbildung., Barbárie.Resumo
O presente artigo tem como objetivo correlacionar a “Lei da mordaça” à categoria adorniana de semiformação, no que versa sobre uma educação voltada para a emancipação e compreensão das possibilidades de um educar após Auschwitz nos dias de hoje. Como proporcionar uma educação que nos possibilite romper com as amarras do pensamento nazi-facista ainda presentes na nossa sociedade? Para isso, faremos uma análise do documento “Escola Livre”, proposta de Lei de autoria do deputado alagoano Ricardo Nezinho que propõe a “neutralidade” dos professores em sala de aula, este projeto ganhou a alcunha de “Lei da Mordaça” pelos educadores alagoanos por se tratar de uma afronta aos direitos legais dos alunos, que ficariam a mercê de uma educação pautada unicamente na escolarização e no controle disciplinar, uma barbárie contra a formação intelectual e social do aluno, portanto, ela é um retrocesso educacional visível à educação alagoana. A metodologia utilizada é de cunho qualitativo, tem como procedimento a análise do conteúdo caracterizada por Chizzotti (2006) como um método que refere-se à elaboração de temáticas que permitam correlacionar com as categorias estabelecidas e, assim, designar algumas inferências sobre a pesquisa em questão. Dessa forma, chegamos aos seguintes resultados: a referida Lei é um mecanismo de controle da autonomia docente, impossibilitando, assim, que a educação se torne um instrumento de formação plena do sujeito, sendo ela um claro retrocesso para a sociedade e um alicerce fecundo para a semiformação, pois obstrui o processo de desenvolvimento e aprendizagem voltados para a emancipação e autonomia.
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