Ebós de saberes: encruzilhando a pedagogia e abrindo caminhos para a decolonialidade
DOI:
https://doi.org/10.22481/praxisedu.v19i50.12963Palavras-chave:
auto(orís)etnografia, carregos coloniais, ebós de saberes, decolonialidade, pedagogia de terreiroResumo
Neste artigo refletimos sobre os aspectos de uma pedagogia sensível ao atravessar encruzilhadas e abrir caminhos para saberes e valores conectados às tradições de matrizes africanas, pensadas aqui como as pedagogias do terreiro e as implicações destas com a formação de professoras (es) na universidade, entrevendo perspectivas de cheganças de cosmovisões historicamente negadas, invisibilizadas e silenciadas no processo de formação docente e na docência. A pesquisa incorporou uma metodologia qualitativa através de uma auto(orís)etnografia, que evocou orís e corpos que se constituem no terreiro e constroem saberes advindos da nossa ancestralidade em ensinagens e aprendizagens fundadas na coletividade, no experenciado, vivido e sentido. Compreendemos que ocupar a universidade é caminho para constituir práticas pedagógicas pluriepistêmicas desarranjadoras da colonialidade na formação docente, potencializando nossos saberes que emergem da nossa pertença terreirada, tidos e entendidos como subalternos e continuamente negados nos espaços sociais e educacionais.
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